Não vou falar de rio
Pois rio não havia.
Na minha infância,
Em Palomas, latia
Um cão para o trem.
O tempo dizia vem...
O resto era solidão.
Campos, uma estância,
Verde por horas a fio.
Palomas não era triste,
Nem sequer era triste.
A vida tomava sol,
Um pinheiro em riste
Mirava o céu em bemol.
Depois, ao cair da noite,
Ouvia o vento num açoite
Afundar navios de papel.
Então, vieram os vinhos.
E Palomas se embriagou.
Ondula, agora, senhora
Como uma cordilheira.
Romântica, fata morgana
com seus ares de Toscana,
Assopra vapores no céu.
Da boca dessa velha louca
Escapa uma saudade rouca.
Gritos de guri ao léu.
Lindo !!!
ResponderExcluirExcelente! Parabéns Juremir!
ResponderExcluirLindo abraço
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